Por
Camila Fontes, Monique Govedice, Isabel Antoniansa
18/11/2025
No contexto jurídico, em que tempo e precisão são recursos valiosos, a IA surge como aliada na transformação de grandes volumes de informação em insights estratégicos. Mas essa transformação também traz dilemas: até que ponto é possível confiar na tecnologia? Quais são seus limites éticos e técnicos? E como equilibrar a sua eficiência com a sensibilidade e o raciocínio humano?
Afinal, a Inteligência Artificial ajuda na análise dos dados?
Sim, a IA ajuda de forma decisiva na análise dos dados. Ela interpreta grandes volumes de informações — jurisprudências, legislações, etc — e os transforma em uma base estratégica de subsídios, permitindo que os escritórios tomem decisões com mais rapidez e segurança.
Na prática, a IA vem sendo amplamente utilizada em ferramentas de pesquisa jurisprudencial automatizada, otimizando fluxos de trabalho, reduzindo erros e acelerando análises de risco e previsões de desfechos judiciais. Além disso, contribui para a interpretação de textos jurídicos e a geração de resultados cada vez mais precisos. Portanto, contar com essa tecnologia como aliada na elaboração de subsídios é, sem dúvida, uma grande vantagem.
Vantagens da IA na produção de subsídios
Agilidade e produtividade
A IA processa, em segundos, volumes de dados que levariam horas ou dias de análise humana.
Acurácia e padronização
Ao eliminar a subjetividade em certas etapas, a IA reduz erros e garante maior uniformidade na análise. Isso favorece a consistência e a previsibilidade dos resultados.
Tomada de decisão estratégica
A capacidade de cruzar dados e identificar padrões complexos permite que os profissionais obtenham insights estratégicos — como probabilidades de êxito, tendências jurisprudenciais e riscos processuais.
Desafios e limites
Como “nem tudo o que reluz é ouro”, a Inteligência Artificial também apresenta limitações. Seus resultados refletem diretamente a qualidade dos dados que a alimentam — e, caso esses dados contenham falhas, vieses ou distorções, as análises produzidas podem ser comprometidas, impactando negativamente a precisão das conclusões e até o embasamento de uma defesa.
Por esta razão, escritórios que se apoiam unicamente em sistemas automatizados podem perder parte da análise crítica que é inerente à atuação humana.
Dessa forma, a melhor abordagem é o equilíbrio: combinar IA com dados estruturados, garantindo a estratégia do negócio.
Caminhos Futuros
A Inteligência Artificial já é uma realidade no campo jurídico e tem desempenhado um papel fundamental na produção e análise de subsídios. Quando aplicada de forma estratégica, proporciona ganhos significativos em eficiência, economia de tempo e de recursos, sustentada por dados estruturados e validados pelo conhecimento jurídico.
Com isso, permite que os advogados concentrem seus esforços no que realmente importa: a argumentação, o raciocínio jurídico e a tomada de decisão. Tudo isso com foco na geração de valor — seja para o cliente ou diretamente para as áreas de negócio das empresas. O novo padrão da advocacia é claro: IA, dados e pessoas atuando em equilíbrio e sinergia. A Inteligência Artificial potencializa, os dados orientam, e as pessoas inspiram e tomam decisões inteligentes.
A Finch acredita que nenhuma tecnologia substitui a sensibilidade humana — ela a amplia e potencializa. Ao unir essas três vertentes — pessoas, dados e tecnologia — conseguimos ir além do que é visível nas operações, aprofundando o olhar sobre o negócio e entregando soluções que geram valor real. Assim como uma bolha translúcida, buscamos revelar o que está por trás dos processos, conectando pessoas e tecnologia para trazer mais clareza, fluidez e estratégia ao negócio.
Sobre as autoras
Camila Fontes, Coordenadora de Operações de LMS da Finch, Pós-graduada em Liderança, Gestão de Pessoas e Gestão de Qualidade e certificada em Metodologias Ágeis.
Monique Mendes Govedice, Analista de Operações e Graduada em Administração.
Isabel Antoniansa, Analista de Operações e Graduanda em Gestão de Recursos Humanos.


